25/11/2020
Agência Fiocruz de Notícias (AFN)
Em fevereiro, um estudo do Instituto Leônidas & Maria Deane (Fiocruz Amazonas) revelou um novo vetor para a leishmaniose visceral: o protozoário Migonemyia migonei. A pesquisa também destacou as formas de transmissão da doença e catalogou as oito espécies de leishmania que causam enfermidades em humanos no Brasil.
Pesquisa aciona um alerta para a vigilância em saúde, já que mais um vetor pode transmitir a leishmaniose (foto: Fiocruz Amazonas)Já na Fiocruz Bahia, um estudo identificou zika em recém-nascidos assintomáticos. Descrita em artigo publicado no International Journal of Gynecology and Obstetics, a pesquisa foi realizada com bebês nascidos na maternidade pública Professor Jose Maria Magalhães Netto, em Salvador (BA), uma das cidades do país mais afetadas pela epidemia de microcefalia de 2016.
Ainda sobre essa arbovirose, pesquisadores da Escola Nacional de Saúde Pública (Ensp/Fiocruz) participaram de estudo que indicou que Indivíduos expostos ao dengue podem estar imunes ao zika. O estudo foi publicado na Scientific Reports, revista do grupo Nature, e tomou como base dados do DataSUS, para analisar a interação entre as epidemias de dengue de 2001 a 2014 e a de microcefalia entre 2015 e 2016 em 400 microrregiões no Brasil.
No Mato Grosso do Sul, a Fiocruz, o Ministério da Saúde (MS) e o WMP/Brasil assinaram com o governo do estado um termo de cooperação para implementação do Método Wolbachia em Campo Grande. O objetivo é substituir a população local de Aedes aegypti pelo mosquito com a bactéria Wolbachia, que apresenta resultados de casos de chikungunya e dengue em diversas localidades de 12 países.
Equipe de Diagnóstico analisa mosquitos capturados nas armadilhas instaladas nos imóveis dos voluntários (foto: Flávio Carvalho, WMP Brasil)
Conduzido pelo Centro de Integração de Dados e Conhecimentos para Saúde (Cidacs/Fiocruz Bahia), o maior estudo de acompanhamento individual de pessoas com hanseníase do mundo gerou novos resultados em fevereiro. Segundo os dados, a adesão ao tratamento aumenta em cerca de 22% e a cura em 26% quando a pessoa com hanseníase é beneficiária do Programa Bolsa Família. Entre crianças menores de 15 anos, este efeito é ainda maior: a adesão ao tratamento e a cura da hanseníase aumentam em cerca de 55% se a criança faz parte de uma família beneficiária do programa. Esses achados foram publicados na edição do mês da revista científica The Lancet Infectious Diseases, uma das mais conceituadas no mundo na área de saúde.
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27/11/2020.
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